Deixou este verão o Manchester City para assinar pelo Ajax, que pagou 14 milhões de euros por ele. Uma década após chegar a Inglaterra, para onde emigrou com apenas 9 anos na companhia dos pais, Carlos Borges, também conhecido como Forbs (apelido da mãe), voltou, assim, a mudar de casa. E de país. Para continuar a brilhar.
Internacional pelas seleções jovens de Portugal, desde sub-16 aos sub-21, o extremo de 19 anos destacou-se esta quinta-feira com um golo (o seu primeiro pelo emblema dos Países Baixos) e uma assistência no jogo da Liga Europa entre o gigante neerlandês e o Marselha (3-3).
O que lhe deu direito a estar nomeado para jogador da semana naquela competição europeia. O menino de Rio de Mouro, que um dia jogou no Sporting, mas que nunca escondeu o seu amor pelo Benfica, fez-se homem. E o céu é agora o limite…
E pensar que foi contrariado que, depois de ano e meio no Sporting, se mudou em 2014 de armas e bagagem para Leeds, na companhia do pai e de irmã mais velha. A mãe tinha ido seis meses antes em busca do trabalho que ia faltando em Portugal; a restante família foi mais tarde ao seu encontro.
«Eu não queria ir, tinha os meus amigos todos em Portugal, não queria mesmo nada deixar o meu país. Lembro-me que viajei com o meu pai – a minha mãe tinha ido seis meses antes – e que estava muito contrariado», confessou Carlos Borges, em entrevista ao podcast The Locker Room, em fevereiro passado.
A derradeira confissão, sobre o clube do coração: «Sempre apoiei o Benfica. Naquela altura [em que jogava no Sporting] gostava muito do Luisão, por ser um líder, e do Cardozo, por ser um ponta de lança de topo. Se gostava de jogar no Benfica nesta altura? Nesta altura o meu clube de sonho é o Manchester City [onde se encontrava na altura da entrevista em fevereiro de 2023]. Mas gostava de um dia me retirar no Benfica.»
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