Dias depois de comemorar 70 anos de vida, sendo que 50 são de uma magnífica carreira no humor, Herman José falou sobre essa sua doença, que diz não ter cura. E felizmente, dirão todos os seus fãs, dispersos por todas as idades.
“É como a diabetes, não há nada a fazer”, disse Herman José em entrevista à revista ‘Boa Onda’, antes de revelar o nome dessa sua maleita: “humoristite aguda”. Ou seja, trocando por miúdos, a “doença de fazer rir os outros”.
Sempre com uma piada na ponta da língua, Herman José explicou mais sobre o seu humor. “Eu já nasci com ela. Sempre resolvi as coisas a rir. Era o palhaço de serviço na escola e sempre o ator de serviço nas peças infantis. Há dois tipos de humoristas, aquele que se fabrica e depois há o outro que aos quatro anos já está a fazer disparates porque não consegue encarar a vida de outra maneira”, disse Herman, antes de revelar que o talento também dá muito trabalho, dando mesmo um exemplo forte.
“Se a Maria João Pires, apesar do talento, se não tivesse continuado a estudar não era a pianista que é hoje. O que há, são pessoas que são geneticamente configuradas para o disparate e outras que não o são”, explicou o humorista da RTP.
Porém, nem tudo é positivo nesta ‘doença’ de Herman, e já teve mesmo muitos incómodos na sua vida. “Eu sempre tive anticorpos ao meu trabalho, de pessoas que se sentem tocadas, que acham que já fui longe demais ou que acham que eu sou convencido. Mas isso eu já sentia em miúdo quando imitava os professores. Havia uns que não tinham sentido de humor e que depois queriam sempre lixar-me pelas costas”, revelou Herman José.
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