Sismo foi um alerta: Portugal está preparado?
A semana começou com um sismo de 5.3 na escala de Richter. Eram 05h11 da manhã de segunda-feira, 26 de agosto, quando um sismo com epicentro em Sines se fez sentir um pouco por todo o país, mas com maior intensidade na área de Lisboa.
“Eu acordei com as janelas, estores a bater e a casa a abanar, durante alguns segundos. Tenho três gatos, que se esconderam, apavorados. Moro em Vila Nova de Santo André, num terceiro andar. Nunca tinha sentido um sismo tão forte”, “Sem estragos, mas a casa e a cama abanou bem”, “Em Viseu foi sentido e a minha casa abanou, nas janelas houve vibrações durante alguns segundos. Foi rápido, estava a dormir, nem deu tempo para entender bem o que estava a passar”, “Estava a dormir e acordei com a cama e todo o quarto a abanar, juntamente com um barulho enorme parecido com uma forte tempestade (cerca de 5 a 10 segundos, que pareceram bem mais)”, são alguns dos muitos comentários de quem acordou com tudo a abanar.
Ora, tudo não passou de um susto, uma vez que não houve feridos ou danos a registar. Também por isso, alerta o chefe da Divisão de Geofísica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que foi um aviso importante para a população e autoridades.
“Não temos que estar especialmente preocupados, é uma oportunidade para refletirmos, serve para alertar para o risco sísmico”, disse o geofísico Fernando Carrilho, lembrando, contudo, que temos muitas casas e infraestruturas antigas em Portugal, que “não estão preparadas para resistir a um sismo”. E mesmo as novas construções, já com planos próprios por causa de sismos, “podem falhar”.
Em 2009, houve um sismo mais forte em Portugal, de 6.0, mas o epicentro, 185 quilómetros a oeste de Faro, foi mais distante, logo, este de segunda-feira foi mais assustador, por ser mais próximo das populações.
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