Numa das maiores catástrofes naturais de que há registo, Espanha lamenta 95 mortes, sendo que 92 morreram em Valência, uma em Málaga e duas em Castela-La Mancha, numa altura em que as autoridades temem que o número ainda venha a aumentar, tendo em conta o número de desaparecidos e toda a destruição provocada por esta gota fria que atingiu particularmente a região de Valência.
De acordo com Bruno Café, meteorologista do IPMA, Portugal também poderá ser atingido por valores mais fortes de precipitação nos próximos dias, dizendo que esta depressão se aproxima agora do sudoeste da Península Ibérica e que “continua com linhas de instabilidade bastante ativas”.
No entanto, não chegará a Portugal com a mesma força, nem perto disso, como explicou Bruno Café: “muita da atividade (da depressão, em Espanha) foi potenciada pela temperatura do mar do Mediterrâneo”. Como tal, vai perder força até chegar a Portugal, que continua, porém, com alguns distritos em aviso amarelo, precisamente pelas chuvas.
Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Leira, Coimbra, Santarém, Portalegre e Évora estão sob aviso amarelo até à meia-noite desta quinta-feira, um alerta emitido pelo IPMA.
No caso desta depressão que devastou Valência, o meteorologista explicou ainda ao Correio da Manhã que poderá afetar mais especificamente o Interior-Centro, o Sul-Interior e o Algarve.
Além da precipitação forte, há risco de vento forte e granizo, mas no momento, nada para suscitar alarme. Bruno Café garantiu, no entanto, que o IPMA está “em contacto diário com a Proteção Civil” e fica apenas esse aviso quanto condições meteorológicas mais adversas até esta sexta-feira, 01 de novembro.
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