Peritos: Terramoto de 1755 vai repetir-se; bebés e crianças correm mais riscos
O alerta chega através da CNN Portugal, que ouviu peritos que não têm dúvidas que bebés e crianças, da metade sul do país, são quem corre mais riscos em caso de um sismo intenso, como aquele que aconteceu em 1755.
Isto porque berçários e infantários estão sobretudo instalados em edifícios mais antigos, logo com maior risco de ruírem em caso de abalo forte.
“É urgente um programa nacional de reforço de infantários e de escolas”, avisa Mário Lopes, professor do Instituto Superior Técnico (IST), doutorado em Engenharia sísmica pelo Imperial College, de Londres.
Peritos em Engenharia e Geologia pedem ao Governo um plano urgente, de forma a prevenir um sismo que pode acontecer em qualquer momento. Chama-se reforço sísmico e a avaliação já começou nas escolas públicas de Algarve e Lisboa.
No caso de algarvio, diz-nos o levantamento realizado que a maioria das escolas estão na linha de um eventual tsunami, logo, os efeitos seriam massivos.
Em Lisboa, foram avaliadas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) 28 escolas e 18 delas precisam desse reforço sísmico, para não ruírem com um sismo intenso. No entanto, as obras ainda não começaram.
Esta necessidade de reforço não terá apenas a ver com escolas, atenção. Também os hospitais públicos poderiam agravar mais ainda a situação, uma vez que casos como Santa Maria e São José, em Lisboa, são muito vulneráveis na sua construção atual.
“Fazer só a reabilitação energética não serve para nada. Porque se vier um sismo destrói tudo e perdemos tudo”, afirma Carlos Sousa Oliveira, doutorado em engenharia sísmica, na Universidade da Califórnia, dos Estados Unidos, que vê muito curto um investimento de 700 milhões de euros no PRR português.
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