Gustavo Carona é um médico que ficou mais conhecido durante a pandemia da Covid, com as suas intervenções clínicas sempre muito apuradas. O médico anestesista e intensivista do Hospital de Matosinhos tem um longo passado também como médico do mundo, com várias missões humanitárias, tendo ajudado muitas pessoas mais desfavorecidas, em condições humanitárias muito delicadas.
Atualmente, tem vivido anos muito difíceis, ele que sofre de dor crónica e sente dor 24 horas por dia. Acamado, o médico de 43 anos, revela agora que só tem aguentado tudo isto para não aumentar mais ainda o sofrimento da mãe e da irmã.
A dor neuropática de que padece obrigam-no a passar grande parte da vida confinado no quarto, mesmo acamado, onde recebeu Júlia Pinheiro, para uma conversa intimista, na terça-feira, 07 de janeiro.
No Instagram, o médico falou sobre a entrevista, que não conseguiu ver, por já nem se conseguir reconhecer, mas onde demonstrou, como sempre, o seu lado humanitário. E isso não há doença que o desvie desse caminho de lutar pelo bem pela humanidade.
“Eu não sinto que seja uma massagem ao ego, porque eu não sei quem é aquela pessoa que está ali. As mensagens que tenho recebido de quem nunca esperava receber têm sido AVASSALADORAS e recheadas de palavras bonitas. Mas eu juro que eu não sei de quem estão a falar, e eu recuso-me a rever-me ou reouvir-me. Detesto, e mais ainda quando é tão forte e tão emotivo. E se querem mesmo saber a verdade, eu já não me lembro do que disse, mas lembro-me de que senti coisas muito fortes e me emocionei muitas vezes…
O que eu sempre lutei, para além de ser médico, ser clínico e ajudar as pessoas com os meus conhecimentos e as minhas mãos, foi partilhar o privilégio da mundividência que as minhas missões me trouxeram e que coloquei em palavras 1º no “O Mundo precisa de Saber” e há pouco tempo no “Olhem para o Mundo com o Coração” que têm tido também um feedback que me arrepia… e depois vem a merda da Pandemia, e eu lutei, e dei tudo o que tinha mesmo nas circunstâncias mais difíceis da minha vida, porque pelo meio entra a minha doença que matou, sem me tirar a vida…
Mas o que me domina é o meu Sonho Humanitário, em livros, e em dezenas ou talvez centenas de palestras/talks/formações/workshops, e sempre sem pedir 1 euro para mim, e tentando promover ao máximo o incrível trabalho de tanta gente boa e tantas ONG incríveis em que eu me desfaço de tanta inspiração que me transmitem.
E por acaso também falei da Palestina, “apenas” porque eu teria muita vergonha de me olhar ao espelho se não tentasse fazer tudo o que puder pela humanidade. E agora prometi novamente estar em Jejum , mas desta vez até chegar às 7500 assinaturas. Assinem a Petição para não sermos cúmplices da desumanidade (são 2 mins): https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT123716 (ou Link na minha Bio)
Espero que gostem desta conversa com um trabalho incrível da @oficialjuliapinheiro e da sua equipa, entrevistando uma pessoa que eu não sei quem é 🙂 , mas que tem recebido um mar de reacções maravilhosamente belas de pessoas que querem lutar por um mundo melhor!
Puxem para trás na Box, nas SIC, ontem 3af (dia 7/Jan) por volta das 16.30.
Que lutemos sempre pelo melhor de nós!”, escreveu Gustavo Carona, no Instagram.
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