Pinto da Costa faleceu no passado sábado, 15 de fevereiro, aos 87 anos, vítima de doença prolongada. Esteve à frente do FC Porto durante 42 anos, tendo perdido, pela primeira, vez umas eleições em abril do ano passado, para André Villas-Boas, e numa altura em que já lutava contra o cancro terminal, que agora lhe custou a vida.
Porém, esse período pré-eleitoral e o pós, revelou-se muito azedo, com Pinto da Costa, a contestar muito a ação de André Villas-Boas, criticando-o duramente, e ordenando expressamente, em livro, que este não comparecesse no seu funeral.
“Parece mórbido que, ainda vivo, escreva sobre isso. Parece mas não é, pois a única certeza que temos desde que nascemos é um dia, mais tarde ou mais cedo, morrer. Por isso penso que o funeral não pode aparecer aos nossos entes queridos, repentina e inesperadamente, num momento em que todos ficam alterados e muitas vezes sem reação. Por isso, para que não tenham problemas a acrescentar à dor (que uns mais, outros menos, terão), deixo já tudo tratado, com as referências às minhas vontades”, pode ler-se na página 135, 45.º capítulo (“O meu funeral”) do livro “Azul até ao Fim” de Jorge Nuno Pinto da Costa, acrescentando, á frente, a referência.
“Mas porque tanto prejudicaram a paz nos meus últimos dias, não gostaria que lá estivesse alguém da atual direção do clube”, elencou entre vários outros nomes, Pinto da Costa. E Villas-Boas vai respeitar a vontade.
“Tenho muito apreço por Pinto da Costa e pela sua palavra, portanto não quero hostilizar nem o momento, que é solene, nem a sua família, nem estar a ir contra a sua palavra, que foi direta e clara. Pretendo respeitá-la e assim será se o cortejo fúnebre se deslocar ao Estádio do Dragão. Havendo algum desejo da família, repensarei, mas foi uma palavra dita em vida e que tenciono respeitar”, disse agora o atual presidente portista.
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