Continua a ser o assunto do momento. Dois dias após o apagão total em Portugal e Espanha, continua o debate sobre o que provocou esta quebra total e energia elétrica na Península Ibérica, na segunda-feira, 28 de abril.
Várias possibilidades foram avançadas para o que teria provocado esta quebra energética, nomeadamente, algumas conspirações, enquanto as entidades vão investigando as causas reais.
Agora, Eduardo Prieto, diretor de Serviços Operacionais da Rede Elétrica espanhola, avança com uma explicação mais oficial, que dá conta de cinco segundos em que 15 gigawatts (GW) de energia elétrica desapareceram devido à instabilidade de produção dos parques solares no Sul de Espanha.
Esses 15 GW perdidos causaram “uma oscilação muito forte nos fluxos de potência”, o que provocou o desligamento da rede espanhola à francesa, levando ao “colapso” do sistema elétrico ibérico, cujas redes estão interligadas.
De acordo com Eduardo Prieto, este foi um acontecimento “absolutamente excecional”. Porém, pode haver aqui uma causalidade mais preocupante do que isso, relacionado com problemas causados pelo aumento da produção de energia solar.
Segundo o jornal ‘El Mundo’, na última semana, “todos os dias e sensivelmente à mesma hora, houve excesso de produção de energia fotovoltaica, que ultrapassou as necessidades de consumo”. E poderá ter sido esse desequilíbrio que tenha provocado esta quebra elétrica, que deixou Portugal e Espanha sem eletricidade.
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