Bombeiro morre e quatro ficam feridos na Covilhã
Deslocavam-se para combater o incêndio que continua a lavrar na Covilhã e ficaram pelo caminho, num terrível acidente, que faz crescer o número de vitimas destes imparáveis fogos florestais que continuam a dizimar milhares de hectares em Portugal.
Está a ser um Verão terrífico, com a seca prolongada a ser um cocktail perfeito para todos estes incêndios florestais. Os bombeiros e civis multiplicam-se em esforços, mas nem sempre o desfecho é o que merecem os heróis, como foi o caso deste domingo, ao final da tarde.
O veículo onde seguiam cinco bombeiros da Covilhã capotou por uma ribanceira na zona de Aldeia de São Francisco de Assis, quando seguiam para a localidade de Quinta do Campo, Fundão.
O alerta foi acionado pelas 19h10 e, à chegada dos operacionais, um dos bombeiros já estava em paragem cardiorrespiratória, com o óbito a ser declarado no local. Há ainda a lamentar um ferido muito grave, que já passou por cirurgia, e três outros que sofreram ferimentos ligeiros.
A Câmara Municipal da Covilhã decretou três dias de luto municipal, numa altura em que se sucedem várias mensagens de lamento por esta vítima mortal.
“O Presidente da República acaba de saber da trágica morte de um bombeiro da corporação da Covilhã, em acidente de viação, ocorrido em pleno serviço à comunidade no quadro do combate aos incêndios, onde ficaram também seriamente feridos dois outros camaradas seus, depois de 10 dias de ininterrupta doação sem limites de tempo e de espaço.
O Presidente da República já transmitiu o seu profundo pesar solidário ao comandante da corporação e ao presidente da Câmara Municipal da Covilhã, pedindo-lhes que o fizessem chegar à família enlutada e às famílias que vivem a angústia do estado de saúde dos bombeiros feridos”, pode ler-se na mensagem da Presidência da República.
Também o primeiro ministro reagiu com pesar. “Recebi com profunda tristeza a notícia do trágico acidente que tirou a vida a um bombeiro. Deixo aos familiares as mais sinceras condolências e desejo uma rápida recuperação aos feridos. Portugal deve muito aos seus bombeiros, que não desistem e entregam todo o esforço e sofrimento para nos proteger e defender”, escreveu Luís Montenegro na rede social X.
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