Apesar de ainda não terem sido reveladas, de forma oficial, as causas do acidente com o Elevador da Glória, da última quarta-feira, 03 de setembro, que fez 16 mortos e 22 feridos, restarão poucas dúvidas de que o problema tenha sido com o cabo, que é o que faz locomover o famoso elevador.
Daí, surgiram muitas dúvidas quanto à manutenção que estaria a ser feito, com culpas apontadas à Carris e a um crescente desinvestimento da autarquia na empresa que gere estes funiculares. E é aqui que surge uma nova questão.
A manutenção não só estava em dia, como foi realizada horas antes da tragédia. Na manhã de quarta feira, os técnicos da inspeção da MNTC estiveram a fazer uma vistoria ao cabo, e deram uma validade de mais 263 dias, e só aí seria mudado.
A inspeção durou 33 minutos, entre as 09h13 e as 09h46. À questão “O ascensor tem todas as condições para a operação?”, os técnicos colocaram um “OK”.
Certo é que horas depois, pelas 18h00 desse mesmo dia, deu-se o trágico acidente que está a chocar o país. E, por isso, haver ainda mais dúvidas sobre este acidente.
“O cabo é verificado diariamente numa roldana. Não se pode partir do pressuposto que o problema está no cabo. Se tivesse origem em algo muito evidente, já teríamos apurado. A situação é inimaginável, inusitada”, disse Pedro Bogas, presidente da Carris.
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