Morreu esta quarta-feira, 07 de outubro, Catarina de Albuquerque, aos 55 anos. Licenciada em Direito, trabalhou a nível nacional e internacional na promoção dos direitos humanos e desenvolvimento sustentável, tendo sido relatora especial da ONU, entre 2008 e até 2014, determinante para a defesa do direito à água potável e ao saneamento enquanto direitos humanos.
Desde 2014, assumiu a presidência executiva da parceria global Sanitation and Water for All (Saneamento e Água para Todos). A triste notícia da morte de Catarina de Albuquerque foi anunciada pela APAV.
“A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Catarina de Albuquerque, associada da APAV e vice-presidente da direção (2013–2019).
Depois de concluir a licenciatura em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, fez mestrado em Direito Internacional, pelo Institut Universitaire de Hautes Etudes Internationales, e foi consultora jurídica no Gabinete de Documentação e Direito Comparado, um órgão independente sob tutela do Gabinete do Procurador Geral da República Portuguesa. Depois foi membro de várias delegações portuguesas junto das Nações Unidas e consultora do Comité Português para a UNICEF. Assumiu no ano de 2008, até 2014, a função de primeira Relatora Especial das Nações Unidas para a defesa do direito à água potável e ao saneamento enquanto direitos humanos.
O seu trabalho foi distinguido em 2009 com a Medalha de Ouro dos Direitos Humanos, atribuída pela Assembleia da República, e com a Ordem de Mérito, conferida pelo Presidente da República. Foi também Associada Honorária da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas.
Desde dezembro de 2014, assumiu a presidência executiva da parceria global Sanitation and Water for All (Saneamento e Água para Todos). Lecionou como Professora Convidada nas Faculdades de Direito das Universidade do Minho e na Universidade de Coimbra. A universidade da Carolina do Norte (EUA) concedeu-lhe um Doutoramento Honoris Causa. Em 2016 foi distinguida com o Prémio IWA Global Water 2016, atribuído pela pela Associação Internacional de Água, que reconheceu o seu trabalho para que a água e o saneamento fossem declarados direitos universais.
Apresentamos as nossas mais respeitosas condolências à família e amigos”, pode ler-se nas redes sociais da APAV.
Também o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já reagiu a esta perda. “Catarina de Albuquerque deixa-nos demasiado cedo, mas tendo já realizado um trabalho notável e inspirador, de busca incessante pela melhoria das condições de vida e pela preservação da dignidade dos mais desfavorecidos”, pode ler-se, na nota divulgada pela Presidência.
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