Carlos Areia teve de ser hospitalizado, na sequência de um acidente sofrido, que até o obrigou a ser substituído no teatro. O ator partiu o tornozelo na terça-feira e a esposa, Rosa Bela, recorreu ao Instagram para deixar reparos ao Serviço Nacional de Saúde, que atravessa uma fase complicada.
Aumentam as críticas dos populares, que por vezes parecem contrastar com as declarações de figuras públicas como Nuno Markl ou Marcelo Rebelo de Sousa, em que foram realmente muito bem servidos pelo público, e não pelo privado.
No entanto, não acontece o mesmo com todos. E, como muitos portugueses, também Carlos Areia sofreu pela falta de recursos. De acordo com a esposa, não havia ambulância para transportar o marido, de 81 anos, com uma fratura no pé, tendo que se deslocar no carro para a unidade de saúde.
“É impossível ficar indiferente ao que está a acontecer no nosso Serviço Nacional de Saúde. Falamos muitas vezes da crise do SNS como quem comenta notícias ao longe. Até ao dia em que nos toca. E quando toca, percebemos o tamanho do abismo. Como é que se permite que a base da dignidade humana, o direito à saúde, esteja a desmoronar à nossa frente? E, ainda assim, ouvimos a Ministra dizer que ‘está tudo bem’. Como assim? Onde? Para quem?
Transportei o meu marido no nosso próprio carro, porque não havia ambulâncias disponíveis. Ele estava com o tornozelo partido, em dor extrema, e mesmo assim tivemos de nos desenrascar sozinhos. E penso em quem não consegue.
Pessoas que sofrem um AVC, um enfarte, idosos, crianças, vidas que dependem de minutos. E a verdade dura é esta: ou a ambulância não chega a tempo ou simplesmente não vem, porque não está disponível. E continuo a achar que o nosso sistema de saúde é incrível, feito de profissionais extraordinários que fazem muito com tão pouco. Mas está com falhas graves. Está a desmoronar. E nós estamos a vê-lo acontecer em silêncio, enquanto vidas ficam em risco. Isto é inadmissível. Estamos a falar de pessoas, de famílias, de histórias que podem mudar para sempre por falta de meios básicos. Nós merecemos melhor.”, lamentou Rosa Bela, sobre o infortúnio que o marido sofreu, numa crítica ao serviço público de saúde, depois de uma experiência em que nem tudo correu bem, por falta de meios.
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