Nesta segunda-feira, houve mais duas mortes a lamentar, na sequência dos incêndios que lavram em Portugal, uma por paragem cardíaca e outra de um jovem encontrado carbonizado no meio da floresta.
Porém, esta última já está a ser investigada pela Polícia Judiciária, isto porque a vítima, um homem brasileiro de 28 anos, foi ao local do incêndio, supostamente a mando da entidade patronal, para tentar recuperar material florestal da empresa, de acordo com o jornal Público.
O trabalhador, de 28 anos, morreu carbonizado na região do Sobreiro, em Albergaria-a-Velha, Aveiro, por volta das 15h30 desta segunda-feira, 16 de setembro, segundo a Guarda Nacional Republicana (GNR).
De acordo com a GNR, o brasileiro era funcionário de uma empresa de exploração florestal, e teria ido, com outros colegas de trabalho, tentar recuperar equipamentos que estavam no local do incêndio. Este jovem acabou por ficar cercado pelas chamas, morrendo queimado.
O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), e a PJ já entrou em cena. Os investigadores vão agora ouvir os colegas de trabalho, para tentarem reconstituir o que aconteceu e apurarem eventuais responsabilidades.
Nas redes sociais, há uma onda de indignação, por esta possibilidade deste homem, e dos colegas, terem sido atirados para o meio do perigo, pela entidade patronal.
“Não morreu, foi assassinado. Chamem os bois pelos nomes. O problema é que o patrão vai ter a mesma consequência que têm os incendiários: bola”, “O capitalismo e o fascismo estão se a cag*r para a vida humana dos trabalhadores”, “Que tragédia. Deus conforte os familiares nesse momento” ou “O patrão tem de ser responsabilizado por esta morte. É isto que acontece quando permitimos que o capital e a propriedade se sobreponham à dignidade humana. A ent. patronal tem sangue nas mãos, como tem quem deixa os trabalhadores cada vez + desprotegidos ao desregular o trabalho”, são alguns dos muitos comentários na rede social X, o antigo Twitter, sobre a notícia trágica.
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