Filha mais nova de Graça Ribeiro Telles pode não voltar a andar

Continua difícil a vida da família Ribeiro Telles e Caldeira, ainda a acompanharem a recuperação das filhas, após o trágico acidente de viação, de 13 de novembro, que vitimou fatalmente o pequeno Vicente, de dois meses, e atirou para o hospital a mãe, Graça Ribeiro Telles, e as quatro filhas, Assunção, de 9 anos, Carmo, de 7, e as gémeas Graça e Amélia, de 6.

João Vicente Caldeira, marido de Graça e pai das crianças, revelou, em declarações à revista TV Guia desta semana como é que estão as meninas, um mês depois do início deste pesadelo: “Tem sido difícil principalmente por causa do irmão [Vicente], mas com o espírito que lhes foi incutido sempre, apoiando-nos uns aos outros e a vida continua. A mais velha já está a ir à escola e tudo”.

O pai começou por contar que a filha mais velha já pode voltar à escola e que a pequena Amélia está a recuperar em casa, com os pais.

Depois, sobre os dois casos mais graves, João Caldeira contou que Carmo deverá recuperar na totalidade, apesar de ser ainda muito demorado.

“Face ao que era o quadro inicial, em que não sabíamos como iria acordar depois de começarem a retirar os sedativos e como seria a recuperação a partir daí, tem tido uma recuperação bastante boa. Ainda não há previsões de alta, até porque está muito condicionada fisicamente por causa das fraturas nas pernas. Mas vai no bom caminho e ao dia de hoje achamos que há uma probabilidade grande de ficar a 100%”, disse o pai, a manter-se muito esperançado.

Pior será a situação de Graça, a gémea de 6 anos, que pode não recuperar totalmente e tem o andar em risco.

“ A recuperação está a ser lenta, mas tem havido uma ligeira recuperação das lesões abdominais que teve. O futuro neste tipo de lesões medulares é muito difícil, mas prognósticos só daqui a uns meses. Sofreu lesões graves na medula e a única coisa que joga a favor é mesmo o facto de ela ser muito nova. Esse risco [de não andar] existe desde o início e mantém-se, mas a Deus e à medicina nada é impossível”, disse João Caldeira a manter a esperança.