Manuela Moura Guedes foi convidada de Júlia Pinheiro, numa conversa muito interessante sobre assuntos que tanto afetam as mulheres de meia idade.
Com o pretexto do podcast ‘Menos Pausa’, em que se falaria de um tema tabu, como é a menopausa, as duas comunicadoras acabaram por abrir o livro, indo por outros temas igualmente importantes. Por exemplo, a saída do mercado de trabalho e como isso lhe deixou marcas.
“Coincidiu com um episódio muito marcante que foi acabar a minha carreira profissional, há mais de 15 anos. Continuo a tomar antidepressivos, às vezes a aumentá-los, a tentar tirá-los e eu não consigo.
Segundo os médicos, eu sofri um trauma do qual eu não consigo passar, daí eu tomar antidepressivos.
Quando tive a primeira crise de tonturas e vómitos, o meu marido quando me viu pensava que eu estava a ter um AVC, tive várias crises seguidas, fui estudada dos pés à cabeça, não sabem muito bem o que é que é, tive uma surdez súbita… Fiz exames a tudo, tinha muitas enxaquecas durante aquele período, foi uma luta…”, contou a antiga jornalista, sobre este drama que tem vivido, no pós-reforma.
“Cheguei a ter aquelas crises na Baixa, cheguei a vomitar, as pessoas viam-me e perguntavam-me se queria chamar a ambulância. É horrível porque eu não quero que as pessoas falem comigo, quero que me deixem quietinha, mas as pessoas tocam, é horrível. “Eu vivo assim há quase 20 anos, eu não saio de casa quase, o mundo para mim é uma coisa um bocado hostil”, concluiu Manuela Moura Guedes, sobre esta depressão que tem vivido pelos últimos anos.
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