José Rodrigues dos Santos, jornalista português que escreveu O Códex 632, vai estrear-se como série na RTP1, esta segunda-feira à noite.
Nesse livro, que foi publicado em 2005, José Rodrigues dos Santos não só indicou que o navegador Cristóvão Colombo não era genovês, como tentou provar que, “na verdade, há sugestões de que ele poderia ser português. Quando [o romance] foi publicado, houve historiadores que apareceram em público a dizerem que achavam também que ele era português“.
“Muitos temas são mitificados e quem os vem desmistificar e derrubar muitas vezes não são os académicos, não é o discurso político, não é o discurso mediático. São os romancistas, os cineastas, que pela primeira vez tocam no assunto e que permitem que depois se faça uma investigação académica mais apurada“,
Alguns historiadores vieram acusá-lo de “desprezo implícito pelo trabalho académico. O problema de José Rodrigues dos Santos e de outros jornalistas é fazerem afirmações sobre um campo científico que não dominam. Uma coisa são os seus romances, nos quais pode dizer tudo o que quiser pois está no campo da ficção. Outra coisa é afirmar que tal se baseia em factos“.
“Apesar de haver vários movimentos que defendam que Colombo seria português, não há qualquer documento explícito que o comprove e há um consenso historiográfico sobre o assunto“.
Também na rede social X, antigo Twitter, o historiador Roger Lee de Jesus veio afirmar que José Rodrigues dos Santos é uma “vergonha nacional” por “difundir teorias da conspiração da História, sem qualquer sustento nem credibilidade“.
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