É o lance da discórdia. Há quem tenha a certeza absoluta que não foi penálti e há também quem tenha a mesma certeza que houve falta de Otamendí sobre Jason, na grande área do Benfica.
O lance valeu o empate ao Arouca, pouco depois do minuto 70, quando a equipa visitante gelou a Luz, da marca de grande penalidade, a fazer o 1-1. Depois, ainda houve mais emoção, o Benfica marcou o 2-1, podia ter feito o 3-1, mas o lance foi invalidado por fora de jogo e, sobre o apito final, novo balde de água fria, com o Arouca a fazer o 2-2.
O resultado é penalizador para o Benfica, que assim viu o Sporting voltar à liderança, ainda que com os mesmos pontos. Porém, fica este lance de dúvida a marcar a partida, dessa grande penalidade que o árbitro António Nobre assinalou, mesmo depois de ter sido chamado a rever as imagens por Luís Godinho.
Uma decisão por manter a sua opinião inicial e com a qual Luís Vilar, comentador da CNN, não poderia estar mais de acordo, salientando a “coragem” do árbitro.
“O árbitro cansado, de correr de cima para baixo, vê que é penálti e marca penálti. Alguém, sentado numa cadeira, com todas as imagens, lança a desconfiança sobre o árbitro, cansado, com alguém a dizer-lhe ao ouvido, perante 60.000 pessoas da casa, o árbitro deve sentir uma desconfiança tremenda sobre si mesmo”, começou por dizer Luís Vilar, sobre a atuação de António Nobre e a intervenção de Luís Godinho.
O comentador lembrou também que o VAR só pode intervir, segundo as regras, quando tem 100% certeza que não é penálti, se não houver qualquer dúvida. “E eu não percebo qual é a dúvida. O Otamendí faz o carrinho, não toca na bola e acerta com a cabeça no joelho do Jason, o VAR não pode achar que tem a certeza que não há. Não pode”, disse Luís Vilar, antes de rasgar elogios ao árbitro.
“Esteve muito bem aqui, o António Nobre. Para mim, hoje, o melhor árbitro português. António Nobre este muito bem perante 60.000 pessoas. Cansado, teve a coragem de tomar a decisão certa, ligar o microfone e anunciar a 60.000 espectadores que aquilo que eles queriam que fosse verdade, não é verdade. Agora, imagina se ele tivesse cedido? O que é que os adeptos sportinguistas estariam a dizer neste momento? Era a dúvida que estaria instalada sobre o futebol português”, disse Luís Vilar, a salientar a “incompetência do VAR” e a “coragem do árbitro”.
Discussion about this post