Nas últimas semanas, foram notícia algumas agressões, aparentemente motivadas por questões de ódio e perpetradas pelo crescimento da extrema direita em Portugal.
No entanto, não são virgens estes casos, como por exemplo o caso em que João Manzarra foi vítima, em 2015, na altura por se ter posicionado a favor de refugiados sírios em Portugal.
“Nós vivíamos, na altura, a crise migratória, a guerra da Síria, e não estava a perceber bem quando nós víamos estas pessoas que fugiam da guerra, como podia haver um movimento de não acolhimento? Então fez-me alguma confusão. O meu objetivo era que a empatia que as pessoas tinham por mim que eu pudesse transpor também para estas pessoas”, explicou o apresentador da SIC, que recebeu apoio, mas também sentiu, pela primeira vez, ódio nas redes sociais.
“Aí comecei, pela primeira vez, a sentir ódio por parte de algumas pessoas. (…) Nas redes era mais o Facebook, mas até extrapolava mais os comentários”, começou por contar, lembrando que não foi apenas atrás do ecrã que o ódio se fez transparecer.
“Tive dois ou três episódios que realmente acabam por ser marcantes. Uma vez foi só verbal, na rua, um tipo quis discutir comigo e argumentar mas muito aceso e muito agressivo; e outra vez houve um tipo que me atirou uma cerveja e fugiu. E eu associei que fosse a este momento da minha vida. Até podia não ser, mas nunca me tinha acontecido antes”, revelou João Manzarra.
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