Tal como Portugal, também Espanha sofre com os incêndios florestais e vão-se sucedendo os detidos acusados de mão criminosa neste drama que vai fustigando o país.
Porém, há um arguido, que foi detido pelas autoridades, como incendiário, mas que a população defende como um herói, que terá impedido que o fogo causasse mais estragos, ao fazer, por sua conta, um contrafogo, que terá sido decisivo.
Trata-se de um homem de 61 anos, que vive em Petín, Ourense, na Galiza. A Guarda Civil prendeu-o no domingo, pelo crime de incêndio em O Bolo. Nesta segunda-feira, foi libertado pelo tribunal de A Pobra de Trives e à sua espera tinha uma multidão. Os vizinhos acorreram à porta do Tribunal para pedirem a sua libertação.
Mais de 150 moradores de Petín, incluindo a presidente da Câmara, foram defender o homem e lamentam que “se detenham os únicos que ficaram nas aldeias para apagar o pouco que se salvou. Prender os voluntários, verdadeiros heróis desta catástrofe, é a gota que faz transbordar o copo após o abandono sofrido durante estes dias. Os verdadeiros responsáveis parecem precisar de um bode expiatório”, acusam os locais, contra as autoridades.
Mais informaram que este homem de 61 anos acendeu “uma espécie de barreira de contrafogo” para “tentar salvar a aldeia”, o que teria conseguido. Ficou para trás, para ajudar a combater os incêndios e teria conhecimentos na área.
Ainda assim, foi libertado sob fiança e terá de se apresentar às autoridades de 15 em 15 dias.
https://x.com/Antena3Galicia/status/1957498590453985669
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