São já 16 as vítimas mortais do acidente com o descarrilamento do elevador da Glória, que ocorreu na tarde desta quarta-feira, 03 de setembro, na Baixa de Lisboa. Há ainda 22 feridos, espalhados pelos hospitais de Lisboa, alguns em estado grave. Porém, a catástrofe poderia ter consequências mais dramáticas, caso o elevador tivesse galgado para a estrada que liga à praça do Rossio, como se chegou a temer.
Os relatos das testemunhas que se depararam com este acidente, e algumas tiveram mesmo que fugir, são verdadeiramente chocantes.
“O elevador de baixo vinha a descer lentamente, como o normal, mas a cerca de um metro e meio do final ficou sem travões e foi isso que nos deu o alerta, porque depois embateu na calçada com muita força e as pessoas lá dentro começaram a gritar assustadas”, contou uma testemunha, ao jornal Correio da Manhã, antes de perceber que em cima seguia o outro “completamente sem controlo”, o que alertou os transeuntes, que se puseram em fuga, tendo-se vivido momentos caóticos.
“Não vinha de todo à velocidade normal e só tivemos tempos de virar costas e começar a correr, porque não sabíamos se ele ia bater no elevador de baixo.
Quando olho para trás, vejo o elevador a cair por causa da curva e embateu contra o prédio e estava um senhor nesse local no passeio”, concluiu a testemunha, que diz ter contactado a PSP de imediato.
Uma outra testemunha foi despertada para o acidente pelo “estrondo enorme” e quando olhou para o local “viu o elétrico completamente destruído devido ao embate no prédio, algum pó a levantar-se, e muitas pessoas a gritarem”.
O Elevador da Glória é uma atração turística, um símbolo icónico da Baixa lisboeta, por se tratar de um dos ascensores mais antigos ainda em funcionamento, em Lisboa, operando desde 1885. O problema terá sido com um cabo do ascensor.
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